Já pensou que seus gostos não são frutos do acaso, mas sim o resultado do ambiente em que você vive e frequenta? O que acontece quando a nossa jornada pessoal encontra os algoritmos das mídias sociais? O “curti,e daí? nos convida a questionar: estamos realmente no controle dos nossos interesses ou somos super influenciados por bolhas?
“curti, e daí?” é uma série realizada pelo Instituto Vero, com apoio do YouTube, que vai a escolas para saber como o jovem se vê nas mídias sociais. A cada episódio, as jornalistas Januária Alves e Laura Mattos conversam com estudantes, influenciadores e especialistas sobre o impacto das mídias sociais na nossa vida e identidade, apontando caminhos para uma melhor convivência digital.
Se você é professor, acesse também esse material aqui que preparamos para você levar as conversas do “curti, e daí?” para a sua sala de aula.
Neste episódio, conversamos com:
// INFLUENCIADORA
// ESCOLAS
Colégio Apoio Recife;
Escola Estadual Barão Homem de Mello.
// ESPECIALISTA
Kelli Angelini.
// CRÉDITOS
Realização:
Instituto Vero.
Apoio:
YouTube.
Apresentação:
Laura Mattos e Januária Cristina Alves.
Roteiro:
Laura Mattos, Januária Cristina Alves e Eliane Leme.
Produção:
Laura Mattos, Januária Cristina Alves.
Relações públicas:
Nathalia Damasceno.
Edição e mixagem:
Eliane Leme.
Pesquisa:
Isabela Inês e Agenor Neto.
Arte Gráfica:
Matheus Vieira.
Coordenação:
Januária Cristina Alves e Victor Vicente
Vinheta 00:00:00
Esse podcast é uma produção do Instituto Vero
Aluna Raquel 00:00:02
E eu só sigo e só vejo coisa dos meus interesses. Eu realmente não saio daquilo e eu nunca tive interesse de procurar coisas que não são aquilo que eu me interesso. Tipo política, eu não sou uma pessoa que vai querer procurar saber o outro lado tá pensando, muitas vezes aquilo vai te ofender diretamente e por isso eu sinto que eu prefiro muito ficar dentro do que é confortável pra mim, ver o que eu me interesso. Termina sendo as mesmas coisas, às vezes isso me irrita, porque não sai daquilo, mas é mais confortável.
vinheta 00:00:43
Curti, e daí?
Janu 00:01:02
Olá, pessoal. Ó nós aqui de novo. Eu sou a Januária Cristina Alves, jornalista, educo comunicadora e estou aqui com o nosso podcast Curti. E daí? Uma iniciativa do Instituto Vero. O Vero ,eu e as jornalistas Laura Matos e Eliane Leme criamos esse podcast pra ouvir os jovens sobre como eles estão se relacionando com as mídias sociais. Além dessa garotada, a gente também conversou com influenciadores digitais e especialistas, pois o que a gente quer entre outras coisas é furar as bolhas, não é mesmo, Laura?
Laura 00:01:41
Bora lá furar as bolhas, Janu. Tirando aquelas dos plastiquinhos de proteção, esse daí eu não gosto desse barulhinho não. Mas antes que eu me esqueça, vou me apresentar aqui. Eu sou a Laura Mattos, jornalista e cubro a área de educação. Este é o segundo episódio do podcast Curti e daí, que nesta temporada vai ter cinco episódios. Se você não ouviu o um, ouve lá. Está legal. Modéstia à parte. A gente vai falar de vários temas e neste episódio o assunto são bolhas e algoritmos.
Janu 00:02:14
E é bom a gente saber que ao contrário do plastiquinho, furar as bolhas das mídias sociais não é tão simples não. Como a Raquel mesma falou no início desse episódio. Ela é aluna do APOIO um colégio particular que fica no bairro de Parnamirim lá em Recife. Eita saudade que eu tenho de Recife minha gente até meu sotaque muda só de falar da minha querida terrinha.
Laura 00:02:40
Eu também tenho sangue recifense hein Janu?
Janu 00:02:42
Eita é verdade. Então, a gente com a Raquel e com outros estudantes de Recife sobre como é que eles lidam com as bolhas e com os algoritmos. Que são parte indissociável das mídias sociais. Olha só o que o Vitor ,que também é da mesma escola, nos contou sobre a experiência dele.
aluno Vitor 00:03:01
Eu estava no TikTok e apareceu um vídeo pra mim. Coisas que eu mais gosto e aí todas as coisas que apareceram no vídeo eram as coisas que eu mais gostava de fazer.Eu percebo que a cada dia isso é mais evidente, como se fosse diminuindo tudo que eu gosto mais, sabe? Como se fosse compactando as coisas que eu mais gosto.
Janu 00:03:21
Uau! Adorei essa comparação do Vitor. Pode até parecer um filme de terror. a mão que compacta gostos e desejos. Pois é, às vezes os algoritmos parecem seres invisíveis que comandam a nossa vida online Mas basicamente algorítimos são códigos, programações. São receitas de bolo, uma série de regrinhas que você segue, no caso é o computador que segue, pra chegar a algum resultado. Os algoritmos de mídias sociais, por exemplo, monitoram o nosso comportamento o tempo todo. Com isso eles tentam identificar o conteúdo - entre aspas - ideal pra nós. E por isso que parece tão fácil ficar duas horas direto rolando o nosso feed do Instagram ou do TikTok.
Laura 00:04:11
É, pois é, hoje em dia quase todo mundo tem uma história assim, né? Tipo, eu tava conversando com um amigo, por um aplicativo aí falei de um tênis, por exemplo, aí do nada apareceu um anúncio de tênis no meu feed. Bom, não é que é exatamente do nada, né? De um jeito bem simples, é isso que o algoritmo faz. E os aplicativos eles se conectam. Cada um pega informação do outro pra conseguir vender mais e mais pra cada usuário. E então eles conseguem entender do que a gente gosta e se interessa. Aí que que acontece? Os nossos dados se tornam valiosos pras empresas.
Janu 00:04:50
Está comprovado que os celulares realmente gravam as nossas conversas, mesmo quando a gente não está usando eles. O pior é que você pode ter autorizado isso sem nem perceber. Lembra quando nas configurações você autoriza o aplicativo a usar o microfone? ou quando você clica na palavra concordo naqueles termos de uso, aqueles que tem textos enormes, sabe? Que a gente nunca lê. A partir daí os algoritmos fazem o trabalho de ir selecionando as informações sobre nós. Uma pesquisa que está citada na descrição deste episódio e também no site do podcast mostrou que quando a gente clica no TikTok o link de um site o TikTok consegue monitorar tudo o que fazemos neste site. As teclas que pressionamos e o que vemos nas páginas. Big Brother é pouco perto disso, né? Por isso precisamos ficar bem espertos também com as configurações do nosso celular. Ouçam só o que a Ana Júlia do Apoio contou sobre a experiência dela com os algoritmos.
aluna Ana Júlia 00:05:58
Eu gosto muito de esportes e gente fazendo esportes. E eu vejo muito isso no meu Instagram. Eu só vejo vídeo de gente jogando vôlei. Vídeo de gente jogando basquete. Video de gente jogando badminton , video de gente fazendo ginástica. É, de vez em quando até aparece bola vendendo pra mim, bola de vôlei. E é muito perceptível o algoritmo nessas situações. Eu acho uma coisa, meu Deus eu acho tão incrível como o nosso celular nos conhece tão bem e é assustador também porque se ele conhece isso o que mais ele conhece?
Laura 00:06:32
É, então. Essa é uma questão bem complicada né? Afinal ,sem os algoritmos a gente ia dar conta de ver literalmente tudo que as pessoas que a gente segue postam nas redes? Já pensou? A primeira coisa que a gente precisa pensar é que os algoritmos existem pra fazer essa seleção de conteúdos, só que pra isso eles acabam criando uns filtros que geram as tais bolhas, que ficam mostrando mais do mesmo.
Janu 00:06:58
Só se fala da culpa do algoritmo nessa história de bolhas. Já parou pra pensar que gostamos de ver mais do mesmo? Afinal de contas, sair da bolha é sair da zona de conforto, é ter contato com assuntos que muitas vezes a gente não curte. Bora ouvir o Pedro sobre isso.
aluno Pedro 00:07:17
Eh eu prefiro seguir e curtir as postagens até das pessoas que pensa assim, do mesmo jeito que eu. Por exemplo, meu time de futebol é o Náutico e aí aparece alguma coisa de alguém do Sport, né? Que é o rival aqui. Aí eu procuro não curtir nem seguir nada sobre essa pessoa, até pra outras pessoas "eita, Pedro tá seguindo alguém do Sport , meu Deus! " E até porque eu não quero saber do outro time, quero mais saber do Náutico assim por exemplo e até de outras ideias assim eu procuro seguir mais, é o pessoal da minha bolha assim dos meus gostos.
Janu 00:07:55
E isso não te incomoda, quer dizer, você está lá só com gente que pensa parecido com você, é tranquilo?
aluno Pedro 00:08:01
Ah sim eh confortável pra mim né? Porque vem as mesmas opiniões e tal mas eu sei que seria importante também pra eu procurar outras ideias e outras opiniões.
Janu 00:08:10
O Pedro gosta da bolha mas acha importante também sair dela. Curioso né? E a Ana Júlia concorda com ele.
aluna Ana Júlia 00:08:19
eh sobre a bolha e o quão confortável pode ser eu adoro a bolha é realmente é muito confortável, mas eu não tenho nenhum problema em furá-la e sair e ver coisas novas porque apesar de ser confortável eu gosto de sair da zona de conforto.
Laura 00:08:37
Janu, sabe que a turma da Escola Estadual Barão Homem de Melo, do bairro de Santana, em São Paulo, com quem eu conversei, comentou que as bolhas da internet interferem nas bolhas da escola, não aquela escola online, a escola presencial mesmo. Eu conversei com o pessoal que faz a rádio e o Jornal Barão. A gente gravou a conversa dentro da sala que eles usam como estúdio. Então, é uma turma já profissa com essa história de gravar entrevista. Olha só o que o Deilan me contou.
aluno Deilan 00:09:06
A bolha do consumismo é algo muito surreal, tipo, quando a gente voltou das férias, é algo que eu percebi, eu não sei se muita gente percebeu. Era camisa de basquete. Sabe aquelas camisas de basquete? Você entrava aqui nessa escola, era quinze, vinte pessoas com a mesma camisa. Então, é como se fosse literalmente um ciclo vicioso. Penso, pesquiso, consumo e compro. É sempre esse ciclo. Então quando você vai a fundo pra ver se realmente é isso que as pessoas querem passar você vê que não é assim. Eu tenho mesmo pessoas aqui na escola que passam uma imagem totalmente diferente do que elas são, por exemplo. Então eu acredito que é esse ciclo vicioso que a gente precisa quebrar, sabe? A gente precisa ser mais real, tanto na internet quanto fora dela. Porque a internet virou a nossa realidade. Então ou a gente precisa transformar isso na nossa real realidade? ou a gente vai ficando duas realidades paralelas, onde em uma a gente vive esse filtro e outra a gente vive o que realmente passamos na nossa vida.
Janu 00:10:07
Driblar os algoritmos interfere não só na nossa vida online, mas na nossa vida como um todo. Nós conversamos sobre isso com a Kelly Angelini que é advogada e palestrante sobre direito digital e educação digital em escolas e empresas.
Kelly Angelini 00:10:25
O que eu percebo especialmente dos relatos que eu ouço de jovens nas palestras que eu dou em escolas é o jovem cada vez mais inserido, sugado ali pelo que oferece o ambiente digital, porém muitas vezes sem ser estimulado a refletir sobre as diversas opções que esse jovem teria pra acessar a internet, acessar conteúdos digitais. Então o jovem quando ele está inserido numa rede social ele precisa ser estimulado e ter conhecimento de que ali tem um algoritmo por trás daquela rede social que vai entregar a ele aquilo que quer que se seja entregue e não aquilo que representa os conteúdos disponíveis na internet. Então nós precisamos no dia a dia despertar esse interesse pro jovem pra que ele saiba que nem tudo que está naquela rede social ou naquele aplicativo que ele está usando é o que representa efetivamente o universo digital que ele poderia ter acesso e escolher aquele caminho digital que ele quer seguir.
Janu 00:11:32
Isso que a Kelly falou também tem a ver com as tais pegadas digitais. Cada acesso nosso, cada escolha que fazemos, do que ver, ouvir, curtir, compartilhar, compõe a nossa trilha digital. Por isso é superimportante a gente pensar em quais marcas a gente quer deixar na nossa vida online.
Laura 00:11:53
E olha, dá pra gente começar a usar os algoritmos e as bolhas pra nos ajudar nos problemas do nosso cotidiano. Nem sempre eles nos levam a essa espécie de prisão. Eles podem nos apontar caminhos pra gente lidar com problemas de um jeito que a gente nunca tinha pensado. Foi isso que me contaram a Noemi e o Carlos Henrique, lá da escola Barão Homem de Melo.
aluna Noemi 00:12:16
Foi em dois mil e vinte, eu estava passando por muitos problemas e ele me fez enxergar uma coisa que talvez, no caso a minha ansiedade, que era algo que eu estava sofrendo mas eu não percebia. Começaram a surgir muitos vídeos sobre ansiedade, o pré-diagnóstico assim que a gente pode fazer em casa. E aí essas situações me levaram a entender o que eu tinha e aí agora eu faço tratamento e tudo mais.
laura 00:12:42
Foi pro bem, então esse algoritmo funcionou pro bem, né?
aluna Noemi 00:12:45
Sim, foi pro bem.
aluno Carlos 00:12:47
E sobre essa questão de algoritmo eu acho que ele é bom. Eh sei lá, você curte as coisas, começa a chegar um monte de conteúdo. Eu, no meu caso, eu sou mais um fã ali de Chorão, Charlie Brown, né? Tô até com a camisa aqui, homenagem, né? E chega muito desse conteúdo pra mim. Rock, coisa nacional. Então assim, o algoritmo ele é bom porque ele se adapta ao gosto do usuário
janu 00:13:12
Dois exemplos aí do lado saudável do algoritmo. Usar os algoritmos e as bolhas para causas importantes tem sido cada dia mais comum nas mídias sociais. E os influenciadores digitais são os que mais tem buscado maneiras criativas de chamar a atenção dos cidadãos para problemas que passam batido porque não estão no nosso cotidiano. Bora lá ouvir a Samela.
influencer Samela 00:13:37
Olá pessoal, eu sou a Samela Sateré-Mawé, eu sou ativista e comunicadora indígena. Sou também produtora de conteúdos.
Janu 00:13:44
Ela tem levado as pautas dos indígenas para o Brasil e para o mundo. Mas nem sempre é fácil, né?
influencer Samela 00:13:51
É difícil alcançar muitas pessoas com temas assim, né? Porque a maioria das pessoas elas não se interessam por temas sobre política, meio ambiente, povos indígenas, essas coisas. Gostam muito de ver memes, principalmente a juventude. Então a gente precisa se adaptar pra tentar alcançar mais pessoas.
Janu 00:14:11
E na sua opinião Samela, as pessoas não se interessam por esses assuntos por algum motivo em especial? isso tem a ver com o fato de elas viverem em bolhas? como é que você vê a interferência dos algoritmos nesses assuntos?
influencer Samela 00:14:28
Eu acho que sim, eu acho que muito do algoritmo tem a ver com nosso conteúdo, às vezes a gente não consegue furar a bolha, né? Às vezes a gente não consegue sair da nossa bolha porque os algoritmos não entregam pra pessoas que realmente eh deveriam ouvir. Só se a gente atacar de fato outras coisas, aí sim ele acaba entregando.
Laura 00:14:52
É isso aí pessoal, acho que de tudo que a gente ouviu, o que fica é a certeza de que temos o poder de escolher os conteúdos que acessamos. Os algoritmos e as bolhas não são vilões sozinhos do pedaço, cada um de nós também pode e deve traçar seus caminhos, tanto no universo online como no offline. Então, que tal começarmos agora a fazer essa experiência? Acesse, em qualquer uma de suas mídias um conteúdo totalmente novo pra você e veja o que acontece, depois conta pra gente como foi, hein?
Janu 00:15:26
Não sabe por onde começar? A Kelly, a nossa especialista no tema, arrisca umas dicas.
Kelly Angelini 00:15:33
Que que a gente pode fazer em relação ao algoritmo? Perceber e ter essa consciência de que o que se faz online até o tempo que você gasta assistindo um vídeo ali na tela é usado pra te entregar mais conteúdos relacionados a isso. Então é usar uma rede social num tempo adequado que vá prejudicar o seu desenvolvimento, pensar em outros acessos que não esteja unicamente focado no uso de uma rede social pra que você não seja estimulado ou direcionado para um caminhar digital das redes sociais.
Janu 00:16:08
Pois é pessoal, o que é mais importante é a gente procurar conhecer melhor o funcionamento dos algoritmos. Aquilo que os especialistas chamam de transparência algorítmica. Só sabendo mais sobre eles é que poderemos lidar com essa questão com mais segurança e consciência, não é mesmo?
Laura 00:16:32
Bora fugir dos algoritmos, vamos dar uma chance pra quem pensa diferente, ampliar nossas pesquisas online e deixar a conversa ir pra lados inesperados. Isso pode ser muito legal. Foi isso que a turma da Escola Barão fez na nossa gravação. A conversa foi indo, indo, até que do nada, eles começaram a brincar de mandar recado pra família.
alunos Barão 00:16:54
eu devo muito a ele, eu agradeço de coração, tanto a ele, tanto a minha mãe por todo o esforço que eles tiveram pra me criar. Quero mandar um salve aí pro meu irmão Raimundo, ele foi pai e ele é minha figura paterna querendo ou não, porque eu não tive um pai ,tamo junto. Posso fazer o? Ah, pode Ketlen. Eu quero mandar um beijo pra todo mundo. É isso, mãe, não tô na Globo, mas tô aqui com as menina. Um beijo, vó. Muito obrigado por não saber o que que é internet. Me ajuda muito.
Laura 00:17:20
E aí, vamos sair das bolhas? Beijos pra vocês, até o próximo episódio.
Janu 00:17:25
Tchau pessoal, a gente se vê logo, logo.
vinheta 00:17:33
A produção e o roteiro deste podcast é de Laura Matos, Januária Cristina Alves e Eliane Leme. Com o apoio de Natália Damasceno. Apresentação de Laura Matos e Januária Cristina Alves. Edição e mixagem Eliane Leme. Pesquisa Isabela Inês e Agenor Neto. Arte Gráfica de Mateus Vieira. Coordenação, Januária Cristina Alves e Vitor Vicente. Confira os canais do Vero, o site é Vero ponto ORG ponto BR. Nas mídias sociais você nos encontra em arroba Vero Instituto.